terça-feira, 16 de agosto de 2011

Simplesmente Beatriz!

Há bem pouco tempo atrás, ela ainda era desconhecida, ausente e inimaginável na minha vida. Talvez fosse triste e infeliz, mesmo lutando para sobreviver e querendo mais que isso, querendo viver e ser amada. E Deus, em sua infinita sabedoria, resolveu dar uma mãozinha ao destino e, quando menos imaginei, lá estava ela: em casa, simplesmente esperando para me conhecer. Foi trazida por um anjo que, obviamente, soube reconhecer outro de sua espécie que merecia calor, carecia de afeto e tinha um oceano de amor para oferecer.

No início, me deu um sorriso pequeno e tímido, parecendo ter um certo medo de revelar sua imensa alegria ou, então, com receio de que o nosso encontro fosse apenas um evento passageiro. Mal sabia eu que os olhinhos que brilharam para mim naquele dia jamais iriam deixar de me seguir, me iluminando e me fazendo mais feliz do que poderia fazê-la. No primeiro toque percebi que havia algo especial entre nós e, nesse instante, minha alma estremeceu, parecendo acionar o alerta. Achei que era sinal de perigo e tive medo, mas estava enganado. Era uma identificação que parecia vir de outras vidas, de outro plano espiritual, algo inexplicável. Mas era um aviso divino me pedindo para protegê-la, amá-la e dedicar-lhe um pouco de tudo aquilo que ela tem me dado em demasia.

Mesmo me sentido arredio e insistindo em resistir, consegui ouvir a voz do meu velho coração e, inevitavelmente, o medo e o desconforto deram lugar ao encanto singular daquela que começou a conquistar um lugar especial: o de minha filha caçula. E o sorriso deste pequeno anjo foi se transformando em gargalhadas, gargalhadas exclusivas, só minhas – coisa que, para algumas pessoas é ainda indecifrável. Agora, sem esforços, sem culpas e sem reservas, assumimos o amor mútuo e o encanto que sentimos um pelo outro, como o presente mais precioso que ganhamos de Deus. Sentimos saudade todos os dias, assim como sentimos uma alegria sem igual em cada reencontro, mesmo nos mais breves. E a vida agora é outra, simplesmente linda, simplesmente feliz, simplesmente completa... simplesmente Beatriz!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Costelinha com batata ao molho barbecue

Esta é uma receita simples, de fácil preparo, mas muito saborosa. Para quem aprecia uma boa cerveja gelada, naquelas reuniões caseiras, pode oferecer aos convidados como prato principal ou como um tira-gosto. Alguns amigos meus provaram e aprovaram. Então, aí vai a receita!

Ingredientes
1,2 kg de costelinha de porco
½ kg de batatas pequenas
1 pimentão vermelho grande
Cominho em pó
Noz Moscada em pó
Azeite
Vinagre
½ litro de vinho tinto seco
100 g de queijo tipo muçarela ralado grosso
250 g de farinha de mandioca torrada
150 g de bacon
Molho barbecue pronto (cerca de 200 g)

Como preparar
Corte a costelinha em pedaços pequenos.
Coloque em uma tigela e tempere com alho e sal, cominho e noz moscada a gosto.
Regue a carne com bastante azeite e vinagre. A seguir, adicione o copo de vinho tinto seco e misture tudo. Deixe descansar na geladeira por, pelo menos, duas horas.
Após este tempo, coloque a costelinha (sem o líquido, reserve-o) numa panela aquecida com um pouco de azeite.
Frite a costelinha até que ela esteja dourada e sequinha.
A seguir, vá acrescentando água quente e parte do líquido com o tempero que sobrou até que ela cozinhe e esteja macia.
Coloque a costelinha cozida em um refratário e leve ao forno, junto com as batatinhas semi cozidas e o pimentão vermelho cortado em quadrados grandes. Regue com um pouco do líquido com tempero da costelinha para não grudar no fundo da vasilha. Deixe assar por cerca de 20 minutos a uma temperatura de 200 graus. Quando estiver faltando cerca de cinco minutos, acrescente o queijo muçarela ralado e deixe que ele derreta.
A farofa: corte o bacon em cubos pequenos e frite. Coloque a farinha em uma panela ou frigideira quente e tempere a gosto. A seguir, acrescente o bacon e está pronta a farofa.

Sirva em vasilhas separadas a costelinha, a farofa e o molho barbecue. Esta receita serve até seis pessoas. E não se esqueça de me convidar!

sábado, 23 de julho de 2011

No aconchego da casa do Júlio

Confraternização com os amigos mais chegados é sempre um programa interessante – para dizer o mínimo – ainda mais na sexta-feira à noite. Nem precisa motivo. Aliás, sobram motivos para justificar o reencontro, rever as pessoas queridas e colocar a prosa em dia, tudo regado a uma boa cerveja e uma comidinha caseira. Afinal, mineiro é assim mesmo, sente prazer em receber amigos em casa e não abre mão de boas companhias, sempre com simplicidade, bom-humor e muita, muita alegria.

Júlio e Virgínia, os anfitriões deste encontro, são assim: mineiros com uma genuinidade quase italiana, daquele povo de uma alegria tão intensa que transforma o ambiente e tem o poder de despertar inveja nos mais carrancudos. Mas, como se não fosse suficiente, esse alto astral recebeu o reforço de outro casal que, parecendo ter vindo de carro novo, chegou trazendo a porção faltante de entusiasmo. Geisa e Rodrigo, amigos de outros carnavais, contagiaram até a pequena Beatriz que, de olhinhos atentos e sorriso sempre pronto, espantou o sono e aderiu à farra. Até porque mamãe Luciana não desgrudava dela... nem da taça de cerveja!
Daí em diante é que a noite realmente começou. E começou muito bem! Em grande estilo, como é de seu feitio, nossa anfitriã inaugurou a cozinha com um delicioso queijo ao molho pesto, deixando evidente que esse era apenas um pequeno aperitivo. Criatividade e originalidade para incrementar, de maneira simples, a nossa mesa e presentear nosso paladar. A cerveja gelada passou a ter companhias cada vez mais agradáveis e, para nossa satisfação, a culinária italiana se renovou com as incríveis bruschettas servidas por nossa Marisa Monte. Era hora de diversificar a bebida. Tomei a iniciativa de fazer um bom drink para os amigos. Chocolate quente com licor de marula super gelado, leite condensado, raspas de chocolate e um toque de canela em pó – um meio termo entre o calor e o frio que, além de bonito, fez um novo carinho no paladar de todos.
Entre uma história e outra, ou entre uma piada e outra, Beatriz não resistiu e se entregou a um novo sonho, sonho lindo, sonho de criança. Uma pena! Não viu e nem aproveitou o prato principal, servido como jantar, mas com toda a cara de tira-gosto de boteco. Após mais alguns chocolates e outras tantas cervejas, nos deliciamos com uma costelinha assada com batatas, servida com molho barbecue e farofa de bacon. Tudo de bom! E teve gente que perdeu... confirmou presença e depois amarelou. Mas, ainda assim, não é preciso ficar arrependido, até porque outros encontros – como este – estão prestes a acontecer. Além do que é só pedir à Virgínia a receita do queijo ao molho pesto e da bruschetta, e a da costelinha eu divulgo aqui mesmo, em breve. Prometo!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

E por falar em amor...

Amor nem sempre termina em casamento. Aliás, quando chega no altar é sinal que não terminou mesmo! Mas, geralmente começa em paixão. Esse sentimento estranho, movido por olhares, arrepios, frios na barriga e ânsia interminável de matar saudade (palavra estranha a outras línguas e, para nós, com tantos sinônimos e diferentes significados), que quase sempre incendeia o corpo e anuncia a chegada do amor. Também é sinal de problemas e angústias e, com frequência, vem acompanhado de decepções, mas, mesmo assim, raramente nos furtamos de seus efeitos ou preferimos a mesmice da vida solitária e tediosa dos solteiros convictos.

Mesmo sendo a paixão uma sensação perseguida por todos nós, o amor também aparece sem ela. Muitas relações amorosas são frutos de longas amizades ou de uma aproximação movida por outros interesses ou sentimentos. Esses não são piores que os relacionamentos apaixonados, são simplesmente diferentes. Podem até mesmo ter muitos adeptos e admiradores. Mas, convenhamos, estão fora de moda, são meio sem graça e pecam por não terem qualquer encanto. Não despertam volúpias, não são sedutores, não nos convidam a fazer uma loucura – mesmo sabendo que jamais vamos nos arrepender dela. Se nos arrependemos das loucuras de amor, não foram de amor, foram apenas loucuras. Sem brilho, sem adrenalina, sem convicção.

O amor talvez seja o tema mais explorado e disseminado pelo mundo, desde os primórdios. É a busca incessante e irremediável do ser humano. Tanto se fala em amar, ser amado e ter amores que basta procurar essa palavra no mais avançado dicionário eletrônico (aqui, leia-se Google) que surgirá um zilhão de respostas automaticamente – um total aproximado de 712 milhões de resultados, para tentar ser mais exato. Mas essa quantidade não faz a menor diferença. A qualidade sim, essa é fundamental. É preciso amar com tudo, para tudo, por tudo e apesar de tudo. Somos eternos sabedores dos defeitos do outro, mas, sempre que nos deparamos com eles, nossa reação mais provável é a negação. Se não for, nosso superestimado poder de mudar o outro em cena e brincamos de adulterar a essência daquele por quem professamos amor incondicional. Se quisermos alguém igual a nós mesmos, com nossos mesmos pensamentos e atitudes, o melhor é venerarmos nossa imagem e pedirmos nosso ego em casamento.

Amor é uma conquista diária! É olharmos para o outro e percebermos que ele existe de verdade, que tem vida própria e nos completa. É abrirmos mão de nossas preferências, de nossas prioridades e vaidades e de nosso egoísmo, sem deixarmos de ser nós mesmos, com autenticidade. É aceitarmos o outro em sua totalidade, com seus defeitos, com suas profundas imperfeições e, claro, com os presentes que dele recebemos. Alguns desses presentes, inclusive, são inesquecíveis!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vaga para Designer Gráfico - Belo Horizonte

Designer com experiência em diagramação e criação de peças gráficas para impressão e web.
Desejável conhecimento básico em HTML.
Salário: R$ 1000,00 + R$ 540 (alimentação e transporte).
Benefícios: Plano de Saúde + Plano Odontológico.
Carga horária: 4 horas.
Período: tarde.
Local: Belo Horizonte.
Início imediato!
Enviar currículo com portifólio paraernesto@supracomunicacao.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Metrópole de Todos Nós

Concreto, aço, curvas, paredes pichadas e edifícios tomando conta da paisagem. Para provar que a capital mineira não se resume a isso, percorri, na companhia do Fotógrafo Edson Brow, alguns dos pontos mais conhecidos de nossa metrópole. Tradicionalmente conhecida como Cidade Jardim, Belo Horizonte nos reserva gratas surpresas em suas formas, provando que ainda esbanja charme e beleza a seus moradores e turistas.

Por diversos ângulos e sob diferentes perspectivas, a cidade teve alguns de seus cartões-postais retratados pelas lentes precisas de nosso fotógrafo. E, apesar do céu acinzentado que insistia em ser protagonista daquela tarde, ao final, foi grande a satisfação de registrar algumas faces da capital que, apesar de tudo, continua moderna, charmosa e encantadora.

Confira outros ensaios: http://www.estudiomangabeiras.com


                       


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Foda-se o racismo, fodam-se os racistas

O recente debate acerca das famigeradas e infelizes declarações do Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) vai além de seu já declarado caráter (ou falta dele) racista, e transcende a questão da homofobia. É certo que o excelentíssimo representante da sociedade não sofrerá qualquer tipo de punição ou represália. Os representantes de seu partido já acenaram que não irão mover uma só palha para que o insano parlamentar seja expulso da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Como se não bastasse, a maldita (e já caquética) imunidade parlamentar vai impedi-lo, mais uma vez, de ser processado em qualquer esfera que seja.

Já estamos carecas de saber disso! O que precisamos é vergonha na cara e um pouco mais de memória política. O brasileiro só abre o jornal e liga a TV para ficar por dentro de esportes, fofocas, novelas e outras futilidades. Quase ninguém lê sobre política ou economia. O argumento é simples: é muito chato! Por isso, em pouco tempo não nos lembramos mais de posturas abomináveis como a desse ícone da mediocridade. Ele novamente será eleito, depois de posar de bom moço durante uma campanha eleitoral fantasiosa. Esse tipo de “gente” precisa ser banida da sociedade. Se não gosta de negros, deveria morar na Islândia ou em algum país nórdico, onde só tem loiros de olhos azuis. Mas essa atitude de repudiar e execrar os homossexuais é uma tentativa infantil e medieval de querer afirmar sua própria sexualidade, se sentindo superior a todos e a tudo.

O asqueroso Jair Bolsonaro reflete, na verdade, o que nosso país é: racista e preconceituoso. É essa espécie de gente que faz e aprova nossas leis, esses são nossos representantes maiores perante o mundo. Como se não bastasse a ganância, a desonestidade e as mentiras mais pútridas, temos que agüentar um ignorante metido à besta cuspir essas ofensas em nossa cara. Precisamos repensar nossos votos, ou, então, fazer greve eleitoral: ninguém vota... em ninguém! No mínimo, precisamos dar nosso recado a esse tipo de calhorda.