segunda-feira, 25 de julho de 2011

Costelinha com batata ao molho barbecue

Esta é uma receita simples, de fácil preparo, mas muito saborosa. Para quem aprecia uma boa cerveja gelada, naquelas reuniões caseiras, pode oferecer aos convidados como prato principal ou como um tira-gosto. Alguns amigos meus provaram e aprovaram. Então, aí vai a receita!

Ingredientes
1,2 kg de costelinha de porco
½ kg de batatas pequenas
1 pimentão vermelho grande
Cominho em pó
Noz Moscada em pó
Azeite
Vinagre
½ litro de vinho tinto seco
100 g de queijo tipo muçarela ralado grosso
250 g de farinha de mandioca torrada
150 g de bacon
Molho barbecue pronto (cerca de 200 g)

Como preparar
Corte a costelinha em pedaços pequenos.
Coloque em uma tigela e tempere com alho e sal, cominho e noz moscada a gosto.
Regue a carne com bastante azeite e vinagre. A seguir, adicione o copo de vinho tinto seco e misture tudo. Deixe descansar na geladeira por, pelo menos, duas horas.
Após este tempo, coloque a costelinha (sem o líquido, reserve-o) numa panela aquecida com um pouco de azeite.
Frite a costelinha até que ela esteja dourada e sequinha.
A seguir, vá acrescentando água quente e parte do líquido com o tempero que sobrou até que ela cozinhe e esteja macia.
Coloque a costelinha cozida em um refratário e leve ao forno, junto com as batatinhas semi cozidas e o pimentão vermelho cortado em quadrados grandes. Regue com um pouco do líquido com tempero da costelinha para não grudar no fundo da vasilha. Deixe assar por cerca de 20 minutos a uma temperatura de 200 graus. Quando estiver faltando cerca de cinco minutos, acrescente o queijo muçarela ralado e deixe que ele derreta.
A farofa: corte o bacon em cubos pequenos e frite. Coloque a farinha em uma panela ou frigideira quente e tempere a gosto. A seguir, acrescente o bacon e está pronta a farofa.

Sirva em vasilhas separadas a costelinha, a farofa e o molho barbecue. Esta receita serve até seis pessoas. E não se esqueça de me convidar!

sábado, 23 de julho de 2011

No aconchego da casa do Júlio

Confraternização com os amigos mais chegados é sempre um programa interessante – para dizer o mínimo – ainda mais na sexta-feira à noite. Nem precisa motivo. Aliás, sobram motivos para justificar o reencontro, rever as pessoas queridas e colocar a prosa em dia, tudo regado a uma boa cerveja e uma comidinha caseira. Afinal, mineiro é assim mesmo, sente prazer em receber amigos em casa e não abre mão de boas companhias, sempre com simplicidade, bom-humor e muita, muita alegria.

Júlio e Virgínia, os anfitriões deste encontro, são assim: mineiros com uma genuinidade quase italiana, daquele povo de uma alegria tão intensa que transforma o ambiente e tem o poder de despertar inveja nos mais carrancudos. Mas, como se não fosse suficiente, esse alto astral recebeu o reforço de outro casal que, parecendo ter vindo de carro novo, chegou trazendo a porção faltante de entusiasmo. Geisa e Rodrigo, amigos de outros carnavais, contagiaram até a pequena Beatriz que, de olhinhos atentos e sorriso sempre pronto, espantou o sono e aderiu à farra. Até porque mamãe Luciana não desgrudava dela... nem da taça de cerveja!
Daí em diante é que a noite realmente começou. E começou muito bem! Em grande estilo, como é de seu feitio, nossa anfitriã inaugurou a cozinha com um delicioso queijo ao molho pesto, deixando evidente que esse era apenas um pequeno aperitivo. Criatividade e originalidade para incrementar, de maneira simples, a nossa mesa e presentear nosso paladar. A cerveja gelada passou a ter companhias cada vez mais agradáveis e, para nossa satisfação, a culinária italiana se renovou com as incríveis bruschettas servidas por nossa Marisa Monte. Era hora de diversificar a bebida. Tomei a iniciativa de fazer um bom drink para os amigos. Chocolate quente com licor de marula super gelado, leite condensado, raspas de chocolate e um toque de canela em pó – um meio termo entre o calor e o frio que, além de bonito, fez um novo carinho no paladar de todos.
Entre uma história e outra, ou entre uma piada e outra, Beatriz não resistiu e se entregou a um novo sonho, sonho lindo, sonho de criança. Uma pena! Não viu e nem aproveitou o prato principal, servido como jantar, mas com toda a cara de tira-gosto de boteco. Após mais alguns chocolates e outras tantas cervejas, nos deliciamos com uma costelinha assada com batatas, servida com molho barbecue e farofa de bacon. Tudo de bom! E teve gente que perdeu... confirmou presença e depois amarelou. Mas, ainda assim, não é preciso ficar arrependido, até porque outros encontros – como este – estão prestes a acontecer. Além do que é só pedir à Virgínia a receita do queijo ao molho pesto e da bruschetta, e a da costelinha eu divulgo aqui mesmo, em breve. Prometo!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

E por falar em amor...

Amor nem sempre termina em casamento. Aliás, quando chega no altar é sinal que não terminou mesmo! Mas, geralmente começa em paixão. Esse sentimento estranho, movido por olhares, arrepios, frios na barriga e ânsia interminável de matar saudade (palavra estranha a outras línguas e, para nós, com tantos sinônimos e diferentes significados), que quase sempre incendeia o corpo e anuncia a chegada do amor. Também é sinal de problemas e angústias e, com frequência, vem acompanhado de decepções, mas, mesmo assim, raramente nos furtamos de seus efeitos ou preferimos a mesmice da vida solitária e tediosa dos solteiros convictos.

Mesmo sendo a paixão uma sensação perseguida por todos nós, o amor também aparece sem ela. Muitas relações amorosas são frutos de longas amizades ou de uma aproximação movida por outros interesses ou sentimentos. Esses não são piores que os relacionamentos apaixonados, são simplesmente diferentes. Podem até mesmo ter muitos adeptos e admiradores. Mas, convenhamos, estão fora de moda, são meio sem graça e pecam por não terem qualquer encanto. Não despertam volúpias, não são sedutores, não nos convidam a fazer uma loucura – mesmo sabendo que jamais vamos nos arrepender dela. Se nos arrependemos das loucuras de amor, não foram de amor, foram apenas loucuras. Sem brilho, sem adrenalina, sem convicção.

O amor talvez seja o tema mais explorado e disseminado pelo mundo, desde os primórdios. É a busca incessante e irremediável do ser humano. Tanto se fala em amar, ser amado e ter amores que basta procurar essa palavra no mais avançado dicionário eletrônico (aqui, leia-se Google) que surgirá um zilhão de respostas automaticamente – um total aproximado de 712 milhões de resultados, para tentar ser mais exato. Mas essa quantidade não faz a menor diferença. A qualidade sim, essa é fundamental. É preciso amar com tudo, para tudo, por tudo e apesar de tudo. Somos eternos sabedores dos defeitos do outro, mas, sempre que nos deparamos com eles, nossa reação mais provável é a negação. Se não for, nosso superestimado poder de mudar o outro em cena e brincamos de adulterar a essência daquele por quem professamos amor incondicional. Se quisermos alguém igual a nós mesmos, com nossos mesmos pensamentos e atitudes, o melhor é venerarmos nossa imagem e pedirmos nosso ego em casamento.

Amor é uma conquista diária! É olharmos para o outro e percebermos que ele existe de verdade, que tem vida própria e nos completa. É abrirmos mão de nossas preferências, de nossas prioridades e vaidades e de nosso egoísmo, sem deixarmos de ser nós mesmos, com autenticidade. É aceitarmos o outro em sua totalidade, com seus defeitos, com suas profundas imperfeições e, claro, com os presentes que dele recebemos. Alguns desses presentes, inclusive, são inesquecíveis!