O recente debate acerca das famigeradas e infelizes declarações do Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) vai além de seu já declarado caráter (ou falta dele) racista, e transcende a questão da homofobia. É certo que o excelentíssimo representante da sociedade não sofrerá qualquer tipo de punição ou represália. Os representantes de seu partido já acenaram que não irão mover uma só palha para que o insano parlamentar seja expulso da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Como se não bastasse, a maldita (e já caquética) imunidade parlamentar vai impedi-lo, mais uma vez, de ser processado em qualquer esfera que seja.
Já estamos carecas de saber disso! O que precisamos é vergonha na cara e um pouco mais de memória política. O brasileiro só abre o jornal e liga a TV para ficar por dentro de esportes, fofocas, novelas e outras futilidades. Quase ninguém lê sobre política ou economia. O argumento é simples: é muito chato! Por isso, em pouco tempo não nos lembramos mais de posturas abomináveis como a desse ícone da mediocridade. Ele novamente será eleito, depois de posar de bom moço durante uma campanha eleitoral fantasiosa. Esse tipo de “gente” precisa ser banida da sociedade. Se não gosta de negros, deveria morar na Islândia ou em algum país nórdico, onde só tem loiros de olhos azuis. Mas essa atitude de repudiar e execrar os homossexuais é uma tentativa infantil e medieval de querer afirmar sua própria sexualidade, se sentindo superior a todos e a tudo.
O asqueroso Jair Bolsonaro reflete, na verdade, o que nosso país é: racista e preconceituoso. É essa espécie de gente que faz e aprova nossas leis, esses são nossos representantes maiores perante o mundo. Como se não bastasse a ganância, a desonestidade e as mentiras mais pútridas, temos que agüentar um ignorante metido à besta cuspir essas ofensas em nossa cara. Precisamos repensar nossos votos, ou, então, fazer greve eleitoral: ninguém vota... em ninguém! No mínimo, precisamos dar nosso recado a esse tipo de calhorda.
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